2008! Tchau! Já vai tarde...

2008 foi um ano legal. Ele durou 366 dias. Muita coisa! Não vou dar uma de Mallu Magalhães: "... éééé... pois é... mas quem inventou o relógio, cara? ah... poh..." Já pensou? Você fala para sua amiga: Vamos ao cinema? Quando a sombra de seu muro estiver no meio da calçada eu passo para te pegar. Beleza! Me perdi! Do eu estava falando mesmo? 2008! Eu fiz tanta coisa em 2008 e deixei de fazer tanta coisa que essa ano acabou parecendo dois! Quem bom! Que chato! Que triste! Que saudades! Que tudo! Esse foi um ano daqueles... 

            Até amanhã pessoal.

Lançamento do livro O corpo e a alma da cidade de Natal: Natal entre 1900 e 1930

A Minoria Esmagadora - Bravata Pueril

As maiorias precisam de sistemas de cotas, necessitam de vale gás, fazem parada do orgulho GLBT, moram em reservas, não tem terra, cuidam dos filhos e trabalham por salários desiguais. As maiorias têm dias marcados no calendário. Enquanto a minoria? Quem é ela? Essa pequena parcela da humanidade é constituída por homens brancos, ricos e heterossexuais? Não sei ao certo. Porém, o maior flagrante de que a minoria é esmagadora é o simples fato de abrirem mão de alguns dias do calendário para que as maiorias reivindiquem em vão. 

II Goiamum Audiovisual

Na edição de 2008, a PREFEITURA DO NATAL e a FUNDAÇÃO CULTURAL CAPITANIA DAS ARTES juntamente com as entidades Cineclube Natal e ZooN realizam de 01 a 12 de dezembro um evento que oferece um conjunto de ações voltadas para a difusão, resgate e discussão do cinema, envolvendo toda a cadeia produtiva do cinema potiguar — do realizador ao público — com objetivo de democratizar o acesso à informação e a formação profissional na área de cinema.

Mais informações:

www.goiamumaudiovisual.org.br

Fliperama - "Volta Ao Mundo Em Uma Lambreta"

Segundo albúm da banda. São 8 músicas inéditas:

1. 01. Volta Ao Mundo Em Uma Lambreta
2. 02. Tommy
3. 03. Eu Quero Ser Um Playmobil
4. 04. Cadillac Rosa
5. 05. Angeline
6. 06. O Velho Opala Preto
7. 07. Trilha Sonora Pra Um Romance Em 4 Rodas
8. 08. O.v.n.i.

Download, resenha, letras e comentério:

http://www.bubblegumattack.net/barecs/ba022

VIVA CALACA!!

Dir: Ritxi Ostáriz / Spain / 2008
Animation based on the Mexican Day of the Dead

AnaLoo

            Dias atrás eu pedi a algumas pessoas, as quais tenho acompanhado o trabalho, a permissão para postar algum material no meu blog, AnaLoo foi a primeiríssima a responder, dizendo: “Adoraria. Sinta-se à vontade pra pegar o que quiser, de foto, desenho ou texto.” 

            Aí onde mora o problema. Fiquei super feliz com a resposta, mas o que escolher para postar? AnaLoo é uma verdadeira usina de idéias. Tem muita coisa naquela cachola. Tudo que ela faz tem sua marca registrada. Não há texto, foto ou desenho que você não diga: Esse é um verdadeiro AnaLoo. Com a mesma sensação de uma criança numa loja de brinquedo, aquela de escolher um querendo todos, escolhi dois, o texto abaixo e o desenho que ilustra esse post.

 

Você Não Sabe

            Quem te ensinou a amar, menina?

Como assim “aprendeu sozinha”? Verbo transitivo. Não se ama por amar. Amor-próprio se vê que não tem; e mesmo amor próprio é ensinado por alguém. Qual o filho que se ama se não foi amado pelos pais? Ah, menina, amor próprio você tem até demais. Tem, mas esconde. Pra ver se dá dó. Né? Cada amor é diferente e você trata como um só.

O verbo é o mesmo, mas o objeto não. Eu amo suco de laranja e amo o meu irmão. Nem digo isso pro suco, é claro. Você tem irmão, menina? Porque a gente também não precisa dizer essas coisas pra irmão, não todo dia. Ele já sabe.

Respeito não é amor; admiração não é amor; carinho não é amor; confiança não é amor; amizade, saudade, paixão não é, não é, não é, não. Mas é tudo vice-versa, menina. E não é só porque eu tô dizendo.

Não sei mais o que dizer, menina. Você, que acha que sabe demais das coisas, vai achar que eu acho que sei demais das coisas. Mas eu não sei, eu só sinto. E sinto muito, menina, mas quem te ensinou a amar, mentiu.

 

Por AnaLoo

Texto: http://grenouilles.blogspot.com/

Desenho: http://www.fotolog.com/griffonnages

One, tow, three, Fooooour… Yeah, now I remember! I’m a punk rocker!

Enquanto eu escrevo este post, estou ouvindo Fliperama. Essa banda é uma grata surpresa para quem há muito tempo já havia perdido as esperanças em se identificar com Punk Rock. Já estou passando pela segunda vez pelas faixas da banda na tramavirtal.com. E o que posso dizer? Esse velho coração punk rocker começou a pulsar novamente. Não há uma faixa que não tenha gostado. Fliperama me faz lembrar os bons tempos de Tequila Baby. Seria de um provincianismo medíocre achar que apenas a cena potiguar que está ganhando um bom material, eles pertencem à cena nacional. As letras do Hermano são de uma simplicidade genial, do jeito que deve ser. Enquanto a Antônio, Kaká (Karina), Pedinho, Douglas, o que eu posso dizer? É assim que se forma uma banda, pura sinergia! Já estou aqui passando os olhos nos CDs, separando cada Ramones, Tequila Baby e Stoogers! Obrigado Fliperama!

P.S.: Agora eu entendo por que meu irmão paga tanto pau para Kaká…

Colombina

Se te dissesse que prefiro a serviçal a qualquer princesa. Você acreditaria em mim? Porque não? Princesas nascem para adormecer, limpar casas de madrastas, ficar presas em torres. E todas, sem exceção, vivem a espera de serem salvas. E como elas sofrem e choram! Umas chatas! Minha Colombina não. Astuta e inteligente tem o humor rápido e afiado. É colorida! Tão consciente de sua beleza, está sempre flertando. Envolvida em tramas, uma fofoqueira de mão cheia! Definitivamente, não queira entregar seu coração a Colombina. Posso te contar um segredo? Ela é infiel. Mas apesar desse despautério minha afeição por ela é enorme. Se sonho em ser Colombina? Claro! Sem ela não haveria Carnaval.

7º Festival Varilux de Cinema Francês

 Clique na imagem para ampliá-la

 

http://www.festivalvarilux.com.br/

Jornal Boas Novas - por uma ficção de qualidade.

NOTÍCIAS AMENAS PARA UM PÚBLICO EM PÂNICO

 Porque se faz urgente falar qualquer bobagem

 

O âncora chama a reportagem de rua:

_ Nossa repórter fala agora do parquinho da pracinha da Rua do Limoeiro.

_Boa tarde, Leila!

_Boa tarde, Celso! Estamos aqui no pracinha da Rua do Limoeiro, onde as crianças brincam num lugar em ótimo estado de conservação, seguro, arborizado e bem iluminado! Vamos entrevistar agora D. Laura, mãe do João e da Gabi.

_ Dona Laura, o que a senhora acha da pracinha da rua do limoeiro?

_Sabe… eu acho ótimo. Aqui sempre foi tranqüilo assim. Veja, meu pai me trazia aqui e agora eu trago meus filhos. Uma beleza!

A repórter sorri para a entrevistada, agradece, olha para câmera e diz:

_Bem, voltamos agora ao estúdio. É com você, Carolina!

_Obrigado, Leila! Vamos agora para uma reportagem sobre os mais altos níveis já constatados de segurança registrados nesses últimos anos na cidade.

Entra o VT, volta à bancada, são as últimas notícias. Então Celso diz:

_Enfim, a Trident ™ criou um chicle qual o sabor dura mais de três segundos na boca!

Logo em seguida Carolina:

_Bolsas operam em alta.

Com um ar preocupado Celso anuncia:

_Gatinho é salvo por bombeiro.

Carolina mal contém o sorriso no rosto:

_Mais um feriadão sossegado nas estradas, confirma o DETRAN.

Com isso recebemos os sinceros “boa tarde” e “até amanhã”.

 

 

Um oferecimento do MCJR:

 Movimento Contra o Jornalismo de Rapina.

A Fé

Eu que tanto desdenhei da fé. Essa fé que  nos move todos os dias. Que nos faz  levantar da cama, ir trabalhar e deitar novamente. No subir e descer de degraus. Nesse barulho incessante de impressoras, toques de telefones e conversas cortadas. Enquanto nossos corpos trabalham como máquinas numa linha de montagem, nós seguimos com fé. Fé que um dia o dia mude. 

London, London - Cibelle feat. Devendra Banhart

Uma Idéia

Estava pensando. Venho pensando nisso desde pequenininha. Em minha mente esse pensamento foi ficando cada vez mais elaborado. Há vezes que até me vejo dando a ele uma conotação mística ou filosófica. Uma bobagem de idéia que surgiu na infância e não me abandona. Minha idéia fixa. Eu não quero falar agora dessa idéia. Vocês me ouvirão falando sobre ela, se é que já não a ouviram por aí, numa dessas mesas de cafés. Minha idéia é simples e poderosa. Já salvou vidas! Estou satisfeita hoje por ter a minha idéia.

Construção

Definitivamente, não vivo do passando. Porém, tenho que confessar, recorro a ele enumeras vezes no decorrer do dia. Lembro. Não esqueço. Não me peça para esquecer. Para quê vou destruir o alicerce de minha existência? Cada paixão ridícula, cada discussão furiosa, cada acusação leviana que fiz e que a mim fizeram.  Tudo que pesa contra mim. Não quero esquecê-lo, nem quero dar novos matizes para suavizá-lo.  Quero sim, essa satisfação meio que tristonha, de saber que nesse baldrame de estabilidade duvidosa, sempre prestes a ruir, me construí e permaneço em pé. 

Sob o Sol

By Arthur Dove 
Red Sun, 1935

Tenho urgência. Quero falar-lhe nesse segundo. Não só para te lembrar que quando cometo um crime torpe contra a língua portuguesa você deve apagá-lo. Mas isso são outros quinhentos. Quero porque já me falta ar. E eu não gosto dessa urgência quase apaixonada por você. Não aquela urgência de quatorze anos atrás. Falo dessa sensação que vem de tempo em tempo e precisa ser saciada. E isso não é amor-romântico. Embora exista amor e romantismo. Porque é unilateral. Você não sente o mesmo? Talvez você já entenda. Eu sofro desses sintomas. Um mal recorrente. Passam meses e às vezes anos. Então eu me lembro de você e não durmo a noite. É apenas isso. Simplesmente preciso falar com você por um minuto. Assim, meu mundo vai se alinhar em sua órbita como outros planetas e tudo seguirá seu curso sob o Sol. 

E Deus criou os irmãos...

Esse misterioso mundo onde se forjam os homens de bem?  Suspeito que fique entre o cérebro e o coração. Mais precisamente na garganta. Lá onde se forma aquele nó asfixiante, que desencadeia a palpitação forte, a vibração ensurdecedora, tendo os olhos cegos e os sentidos à flor da pele. Os homens de bem falam com a voz gutural, embargada de tanto entender o próximo como a si mesmo. 

Curta metragem - Louis Clichy

Louis Clichy - A Quoi Ça Sert L'amour?

Por que Café79?

Primeiro, para mim, essa palavra é tão bela falada quanto escrita. Café aguça minha memória sensitiva.  Gosto de café pelas boas lembranças, pelo tilintar de xícaras e colheres, pelo som da conversa e boas risadas. Essa é a proposta desse blog. Uma proposta café. Diversos temas, conversas, opiniões exaltadas, um sim, um não, mas por fim, sempre boas risadas.

P.S.: Há quem não goste de café. E eu não pergunto o por que. Para que entendê-los? Volto ao meu café.